6.º Ano: Salazar e a Ditadura do Estado Novo

Em 1928, o Prof. Oliveira Salazar aceitou o cargo de Ministro das Finanças, depois de lhe ter sido garantido que ficaria a fiscalizar as despesas de todos os ministérios.

Em 1932, foi nomeado Presidente do Conselho de Ministros (chefe do governo), cargo que manteve durante 36 anos (até 1968).

Em 1933, depois da aprovação da nova Constituição, instaurou-se em Portugal um novo período ditatorial a que o próprio Salazar deu o nome de Estado Novo.

Salazar tornou-se o único chefe da Nação, governou em ditadura.

- Proibiu a existência de partidos políticos e criou a União Nacional que era apoiante do regime;

- Proibiu o direito à greve e os sindicatos passaram a ser controlados pelo governo;

- reorganizou a comissão de censura prévia que "cortava" o que não deveria ser divulgado nos jornais, livros, revistas, filmes, peças de teatro e outros espectáculos.

- Criou a PVDE (Polícia de Vigilância e Defesa do Estado), que em 1945 passou a chamar-se PIDE (Polícia Internacional e de Defesa do Estado). Esta Polícia vigiava, perseguia, prendia e torturava os que se atreviam a criticar a política de Salazar.

- Criou a Legião Portuguesa, que era uma organização militarizada que defendia o regime contra a "ameaça comunista".

- Organizou um sistema de propaganda ao Estado Novo que, através de jornais, rádio, televisão, cartazes e livros, mentalizava a população para as vantagens do regime.

- No ensino utilizavam-se livros obrigatórios que defendiam os ideais salazaristas: "Deus, Pátria e Família".

- Fundou a Mocidade Portuguesa, à qual tinham de pertencer todos os jovens a partir dos 7 para que desenvolvessem o espírito de obediência ao Estado Novo e o culto do dever militar.

- Para provar ao mundo que Portugal retomava a glória de épocas passadas, organizaram-se conferências, congressos, cortejos históricos exposições e comemorações que culminaram com o duplo centenário da Fundação e Restauração de Portugal (Exposição do Mundo Português, em 1940, em Lisboa).

- Promoveu uma política de construção de obras públicas: edifícios públicos como tribunais, estações de correio, pontes, estradas, quartéis, escolas, liceus, estádios, universidades e hospitais.

- Recusou a independência às colónias, que ele considerava províncias, mantendo uma guerra (Guerra Colonial) que durou 13 anos (1961-1974).

Em 1968, Salazar deu uma queda e adoeceu gravemente. O Presidente da República, Américo Tomás, nomeou Marcelo Caetano para o cargo de Presidente do Conselho de Ministros. No início, nasceu uma esperança, o novo governo parecia querer mudar de política, porém, logo deu continuidade ao salazarismo: manteve a guerra colonial e perseguiu a oposição.